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5 cuidados com os olhos e a visão


Texto escrito pela Dra. Larissa Pinós - Oftalmologista CRM-RS 41589 | RQE 36714


A nossa visão é um dos sentidos mais importantes para nossa autonomia nas atividades do dia a dia e também para interpretar o mundo ao nosso redor. Algumas atitudes podem auxiliar a saúde dos nossos olhos ao longo da vida.


Uso de óculos escuros com proteção para radiação ultravioleta

A exposição à luz do sol exagerada e contínua pode afetar nossos olhos acelerando o aparecimento de algumas doenças. Entre elas está o pterígio, membrana branca que pode cobrir a parte externa dos olhos, e também acelera o processo de perda da transparência da nossa lente interna dos olhos – problema de saúde mais conhecido como catarata.


Por isso é importante o uso de óculos escuros para exposição direta à luz solar sempre lembrando da importância da certificação de filtro a radiação ultravioleta nas lentes dos óculos solares.


Realizar a higiene correta das pálpebras e dos cílios

A pele das pálpebras e os cílios merecem atenção especial na nossa higiene diária do rosto. A limpeza correta da região pode evitar inflamação nos cílios, chamada blefarite, que causa coceira e irritação ocular. Outro problema relacionado a proliferação de bactérias nessa região é o calázio, mais conhecido como “tersol”, aquela bolinha de inflamação nas pálpebras que causa dor e desconforto.


Para a higiene dessa região, pode-se usar água filtrada com a massagem suave dos cílios, em caso de oleosidade da pele algumas gotas de xampu neutro infantil podem auxiliar na remoção das impurezas (sempre com os olhos fechados!). Também existe produto em gel específico para limpeza dessa região.


No caso do uso de maquiagem deve-se proceder a remoção completa da maquiagem na pele e após isso realizar novamente a limpeza das pálpebras e dos cílios para remoção completa dos resíduos.




Evitar uso excessivo de telas

Sabemos que ao fixar nosso olhar em computadores, celulares ou tablets acabamos piscando menos. O que isso pode causar? Num primeiro momento, menor lubrificação ocular podendo levar a irritação, aumento da sensibilidade à luz e embaçar a visão. Além disso, esses aparelhos emanam a luz artificial azul, aumentando a sensação de cansaço visual.


O que podemos fazer? A principal medida é fazer pausas das atividades das telas a cada 30 minutos, além disso, colírios lubrificantes ou “lágrimas artificiais” podem ser usadas como auxiliares para o desconforto. Converse com seu oftalmologista para decidir qual a opção mais adequada ao seu caso e evite uso de colírios sem orientação médica.


Controlar doenças como o diabetes e da hipertensão arterial

Algumas doenças podem afetar a visão. Merecem destaque algumas condições comuns em nosso meio como diabetes e hipertensão arterial.


O diabetes pode afetar a visão de diversas formas, entre elas acelerando a formação de catarata e causando a retinopatia diabética. A retina é o tecido nervoso que recobre a parte interna dos olhos, funciona como se fosse o filme de uma máquina fotográfica antiga, se o filme está queimado o aparelho não irá produzir boas fotografias, no caso do olho, terá dificuldades em produzir e processar a imagem. Essa área nobre da visão pode ser afetada pelo diabetes. É recomendado que todo diabético faça um exame de mapeamento da retina com oftalmologista assim que tiver o diagnóstico da doença e após pelo menos uma vez ao ano para rastreamento da retinopatia diabética.


A pressão arterial sistêmica não controlada também pode afetar a visão principalmente através da retinopatia hipertensiva. Obstruções vasculares, ou seja, a interrupção do fluxo sanguíneo para a retina pode causar baixa de visão importante súbita. Nesse caso, podemos prevenir esse problema com o tratamento regular da hipertensão arterial, lembre-se que a pressão alta pode não dar sintomas até afetar algum órgão importante do seu corpo – como olhos, coração, rins, cérebro...


Realizar consultas oftalmológicas regularmente

A consulta oftalmológica de rotina deve ser realizada desde o primeiro ano de vida da criança. Além da parte refrativa “ver o grau”, o médico oftalmologista faz um exame completo da saúde ocular e mapeia os problemas oculares mais comuns para cada faixa etária. Nossa visão é formada em grande parte até os 7 anos de idade, é importante a avaliação nessa faixa etária para além verificar necessidade de óculos, rastrear mau formações, desvios oculares, infecções entre outros problemas que influenciam na formação visual.


Na adolescência, com o crescimento do corpo podem se manifestar erros refrativos, ou seja, problemas de visão corrigidos por grau de óculos. Outra doença de manifestação comum no período da adolescência é o ceratocone, uma modificação da córnea, parte transparente externa do olho, que causa um grau exagerado e baixa da visão.


Na vida adulta, inúmeras situações podem afetar a visão que levam o paciente a procurar o oftalmologista, o mais correto é não esperar o problema se manifestar e sim ter uma rotina de consultas em média a cada ano. Após os 40 anos aumenta a ocorrência da baixa de visão para perto – “vista cansada”, após os 50 anos a ocorrência de catarata, glaucoma entre outras doenças oculares.

Além do já citado, pessoas que desenvolvem alguma doença como o diabetes e a hipertensão arterial também devem fazer visitas regulares ao oftalmologista.


Converse com seu médico oftalmologista para planejar a rotina de consultas mais adequadas no seu caso.




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