Perguntas Frequentes em Oftalmologia

Respostas para as dúvidas mais comuns sobre saúde ocular, doenças e tratamentos oftalmológicos.

Reunimos aqui as principais dúvidas que pacientes apresentam sobre saúde ocular e tratamentos oftalmológicos. Nossa equipe de especialistas preparou respostas claras e objetivas para ajudar você a compreender melhor as condições oculares, procedimentos e cuidados necessários para manter a saúde dos seus olhos. É importante ressaltar que este conteúdo tem caráter informativo e não substitui uma consulta com um médico oftalmologista. Caso tenha sintomas ou preocupações específicas, recomendamos que agende uma avaliação completa com nossos profissionais.

👁️

Oftalmologia Geral

Pergunta Resposta
O que faz um oftalmologista? O oftalmologista é o médico especializado no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças e condições relacionadas aos olhos. Realiza exames completos, prescreve óculos e lentes de contato, trata doenças oculares e realiza cirurgias quando necessário.
Com que frequência devo ir ao oftalmologista? O ideal é fazer um exame oftalmológico anual, mas a frequência pode variar conforme a idade e a presença de doenças oculares:
  • Crianças: Primeiro exame aos 6 meses, depois aos 3 anos e antes de iniciar a escola
  • Adultos (20-39 anos): A cada 3-5 anos
  • Adultos (40-64 anos): A cada 2-4 anos
  • Idosos (65+ anos): Anualmente
  • Pacientes com doenças crônicas: Conforme orientação médica
Quais exames são realizados em uma consulta oftalmológica? Os exames básicos incluem:
  • Acuidade visual: Medição da nitidez da visão
  • Tonometria: Medição da pressão ocular
  • Fundoscopia: Avaliação da retina e nervo óptico
  • Refração: Determinação do grau para óculos
  • Biomicroscopia: Exame das estruturas anteriores do olho
Quando devo procurar um oftalmologista com urgência? Procure atendimento urgente se apresentar:
  • Perda súbita de visão
  • Dor ocular intensa
  • Trauma ocular
  • Vermelhidão associada a dor e sensibilidade à luz
  • Aparecimento súbito de flashes de luz ou muitas "moscas volantes"
  • Visão dupla repentina
  • Secreção ocular abundante
Usar óculos faz a visão piorar com o tempo? Não. Usar óculos com grau correto não causa dependência nem piora da visão. Na verdade, não usar óculos quando necessário pode causar cansaço visual, dores de cabeça e até mesmo contribuir para o desenvolvimento de estrabismo em crianças. A progressão de miopia em crianças e adolescentes é parte do desenvolvimento normal e não é causada pelo uso de óculos.
Por que sentimos os olhos secos ao usar computador ou celular? Durante o uso prolongado de telas, piscamos com menos frequência (cerca de 1/3 do normal), o que reduz a lubrificação natural dos olhos. Além disso, a exposição à luz azul e o esforço visual constante podem contribuir para a fadiga ocular. Recomenda-se a regra 20-20-20: a cada 20 minutos, olhe para algo a 20 pés (6 metros) de distância por 20 segundos.
É normal ter olhos vermelhos ocasionalmente? Olhos vermelhos ocasionais podem ser normais devido a fatores como cansaço, exposição a poluição, alergia sazonal, uso de lentes de contato ou irritantes ambientais. No entanto, se a vermelhidão for frequente, persistente, acompanhada de dor, sensibilidade à luz, alteração visual ou secreção, é recomendado consultar um oftalmologista.
👓

Refração

Pergunta Resposta
O que é refração ocular? Refração é o processo pelo qual a luz é dobrada (refratada) ao passar pelas estruturas do olho para formar uma imagem nítida na retina. O exame de refração determina o poder de correção (grau) necessário para compensar erros refrativos como miopia, hipermetropia e astigmatismo.
O que são miopia, hipermetropia e astigmatismo?
  • Miopia: Dificuldade para enxergar de longe. Os raios de luz focam antes da retina.
  • Hipermetropia: Dificuldade para enxergar de perto. Os raios de luz focam atrás da retina.
  • Astigmatismo: Visão distorcida em qualquer distância devido à forma irregular da córnea ou do cristalino.
O que é presbiopia? Presbiopia é a dificuldade progressiva para enxergar de perto que ocorre naturalmente com o envelhecimento, geralmente a partir dos 40 anos. É causada pela perda de elasticidade do cristalino, que dificulta o foco para objetos próximos. É corrigida com óculos de leitura, multifocais ou lentes de contato multifocais.
Qual a diferença entre óculos e lentes de contato na correção visual?
Óculos Lentes de Contato
Mais simples de usar e manter Proporcionam visão mais natural (sem distorções)
Sem contato direto com os olhos Maior campo visual periférico
Podem embaçar com mudanças de temperatura Não embaçam com mudanças climáticas
Podem ser inconvenientes para atividades físicas Melhores para prática de esportes
Não apresentam riscos de infecção Exigem higiene rigorosa para evitar infecções
Por que meu grau muda ao longo do tempo? O grau pode mudar devido a diversos fatores:
  • Idade: Em crianças e adolescentes, o olho ainda está em desenvolvimento; em adultos acima de 40 anos, surge a presbiopia
  • Condições médicas: Diabetes, catarata e outras condições podem alterar a refração
  • Fatores ambientais: Uso intenso de telas, leitura prolongada e falta de exposição à luz natural
  • Genética: Predisposição familiar para progressão de erros refrativos
Exercícios oculares podem melhorar a visão? Exercícios oculares, também chamados de terapia visual, não eliminam a necessidade de correção óptica para miopia, hipermetropia ou astigmatismo. No entanto, podem ser eficazes em condições específicas como ambliopia (olho preguiçoso), estrabismo (olhos desalinhados), insuficiência de convergência e fadiga visual. Esses exercícios devem ser prescritos e supervisionados por profissionais especializados.
🔍

Doenças Externas

Pergunta Resposta
O que é conjuntivite e como tratar? A conjuntivite é uma inflamação da membrana transparente (conjuntiva) que reveste a parte branca do olho. Existem três tipos principais:
  • Viral: Mais contagiosa, geralmente sem tratamento específico além de compressas frias e lágrimas artificiais
  • Bacteriana: Tratada com colírios antibióticos sob prescrição médica
  • Alérgica: Tratada com anti-alérgicos, anti-inflamatórios e evitando o contato com alérgenos
Em todos os casos, é importante consultar um oftalmologista para diagnóstico correto e tratamento adequado.
Terçol e calázio são a mesma coisa? Não. Embora ambos apareçam como protuberâncias nas pálpebras, são condições diferentes:
Terçol Calázio
Infecção bacteriana aguda Bloqueio crônico de glândulas sebáceas
Doloroso e com vermelhidão Geralmente indolor
Dura 7-10 dias Pode persistir por semanas ou meses
Tratamento: compressas mornas, antibióticos Tratamento: compressas mornas, massagem, às vezes remoção cirúrgica
Olho seco tem cura? O olho seco é uma condição crônica que geralmente não tem cura, mas pode ser efetivamente controlada. O tratamento inclui:
  • Uso regular de colírios lubrificantes (lágrimas artificiais)
  • Higiene palpebral diária
  • Compressas mornas
  • Suplementação de ômega-3
  • Medicamentos anti-inflamatórios em casos mais graves
  • Oclusão dos pontos lacrimais em casos específicos
  • Modificações ambientais e de estilo de vida (umidificadores, pausas durante trabalho com telas)
O tratamento é personalizado conforme a gravidade e a causa específica do olho seco.
Quais são os sintomas da blefarite? A blefarite é uma inflamação das pálpebras e apresenta os seguintes sintomas:
  • Vermelhidão nas bordas das pálpebras
  • Sensação de ardor ou corpo estranho
  • Crostas nas pálpebras, especialmente ao acordar
  • Coceira ou irritação
  • Sensibilidade à luz
  • Olhos secos ou lacrimejamento excessivo
  • Perda de cílios em casos mais graves
O tratamento principal é a higiene palpebral diária, podendo incluir antibióticos ou anti-inflamatórios conforme necessidade.
Como diferenciar alergia ocular de conjuntivite?
Alergia Ocular Conjuntivite Infecciosa
Coceira intensa é o sintoma predominante Sensação de areia nos olhos mais comum
Afeta os dois olhos simultaneamente Pode começar em um olho e depois passar para o outro
Secreção aquosa clara Secreção mais espessa, pode ser amarelada ou esverdeada
Sintomas pioram em épocas específicas (sazonais) ou com exposição a alérgenos Não relacionada a alérgenos, pode ser contagiosa
Muitas vezes associada a sintomas alérgicos em outras partes do corpo Geralmente limitada aos olhos
Apenas um oftalmologista pode fazer o diagnóstico correto e recomendar o tratamento adequado.
🔎

Córnea

Pergunta Resposta
O que é ceratocone? O ceratocone é uma doença progressiva que causa o afinamento e deformação da córnea, resultando em formato cônico em vez de esférico. Essa alteração provoca astigmatismo irregular, distorção visual e sensibilidade à luz. Os sintomas geralmente começam na adolescência e progridem até os 30-40 anos. Fatores genéticos e ambientais contribuem para seu desenvolvimento, e o hábito de esfregar os olhos pode agravar a condição.
Como é tratado o ceratocone? O tratamento do ceratocone depende do estágio e da progressão da doença:
  • Estágio inicial: Óculos ou lentes de contato gelatinosas
  • Estágios moderados: Lentes de contato rígidas, semi-rígidas ou esclerais
  • Para estabilização: Crosslinking corneano (fortalecimento da córnea com riboflavina e luz UV)
  • Implantes intraestromais: Anéis que regularizam a superfície corneana
  • Casos avançados: Transplante de córnea (ceratoplastia)
O acompanhamento regular é essencial para monitorar a progressão e ajustar o tratamento.
O que são úlceras de córnea? Úlceras de córnea são lesões abertas na superfície da córnea, geralmente causadas por:
  • Infecções: Bacterianas, fúngicas, virais (como herpes) ou por Acanthamoeba
  • Trauma: Arranhões, corpos estranhos ou queimaduras químicas
  • Uso inadequado de lentes de contato: Dormir com lentes, má higienização ou uso prolongado
  • Doenças da superfície ocular: Olho seco grave, deficiência de vitamina A
Os sintomas incluem dor ocular intensa, sensação de corpo estranho, vermelhidão, sensibilidade à luz e visão embaçada. É uma emergência oftalmológica que exige avaliação imediata.
O que é transplante de córnea? O transplante de córnea (ceratoplastia) é um procedimento cirúrgico onde parte ou toda a córnea doente é substituída por tecido corneano saudável de um doador. Existem diferentes tipos:
  • Ceratoplastia penetrante: Substituição de toda a espessura da córnea
  • DALK (Ceratoplastia lamelar anterior profunda): Substituição das camadas anteriores, preservando o endotélio
  • DMEK/DSAEK: Substituição apenas das camadas mais internas da córnea
As indicações incluem ceratocone avançado, cicatrizes corneanas, distrofias corneanas, falência endotelial e infecções graves. A recuperação pode levar vários meses, e os colírios imunossupressores são necessários para prevenir rejeição.
O que é crosslinking corneano? O crosslinking corneano é um procedimento que fortalece a córnea criando novas ligações entre as fibras de colágeno. É usado principalmente para estabilizar o ceratocone e prevenir sua progressão. O procedimento consiste em:
  1. Aplicação de riboflavina (vitamina B2) na córnea
  2. Exposição controlada à luz ultravioleta A (UVA)
A reação fotoquímica entre a riboflavina e a luz UVA cria novas ligações entre as fibras de colágeno, aumentando a rigidez e estabilidade da córnea. É um procedimento ambulatorial com recuperação de algumas semanas e tem alta taxa de sucesso na prevenção da progressão do ceratocone.
Como as lentes de contato podem afetar a córnea? As lentes de contato podem afetar a córnea de diversas formas:
  • Hipóxia: Redução do oxigênio disponível para a córnea, causando edema e neovascularização
  • Abrasões: Microtraumas causados por lentes danificadas ou com depósitos
  • Infecções: Ceratites bacterianas, fúngicas ou por Acanthamoeba devido à má higienização
  • Intolerância: Reações alérgicas ou tóxicas aos materiais ou soluções de limpeza
  • Síndrome da lente aderida: Lente "grudada" na córnea por uso excessivamente prolongado
Para minimizar riscos, siga as orientações de uso, nunca durma com lentes (exceto as específicas para uso noturno), mantenha rigorosa higiene e faça acompanhamento regular com oftalmologista.
🔥

Uveíte

Pergunta Resposta
O que é uveíte? Uveíte é uma inflamação da úvea, a camada média do olho que inclui a íris, corpo ciliar e coroide. Pode afetar um ou ambos os olhos e ocorrer em diferentes regiões:
  • Uveíte anterior (irite): Afeta a parte frontal do olho (íris)
  • Uveíte intermediária: Afeta a região central (corpo ciliar e vítreo)
  • Uveíte posterior: Afeta a região posterior (coroide e retina)
  • Panuveíte: Afeta todas as camadas da úvea
Pode ser causada por infecções, doenças autoimunes, trauma ou ser idiopática (sem causa conhecida).
Quais os sintomas da uveíte? Os sintomas da uveíte podem incluir:
  • Olho vermelho e doloroso
  • Sensibilidade extrema à luz (fotofobia)
  • Visão embaçada ou reduzida
  • Moscas volantes ou pontos no campo visual
  • Diminuição da visão periférica
  • Alteração na percepção das cores
A uveíte anterior (irite) costuma causar mais dor e vermelhidão, enquanto a uveíte posterior pode causar mais alterações visuais com menos sinais externos.
Como a uveíte é tratada? O tratamento da uveíte tem como objetivos controlar a inflamação, aliviar a dor e preservar a visão. Pode incluir:
  • Corticosteroides: Na forma de colírios, injeções perioculares ou intraoculares, ou via oral
  • Midriáticos/cicloplégicos: Colírios para dilatar a pupila e reduzir a dor
  • Imunossupressores: Em casos crônicos ou graves (metotrexato, azatioprina, ciclosporina)
  • Agentes biológicos: Para casos refratários (adalimumab, infliximab)
  • Antibióticos/antivirais/antifúngicos: Quando há causa infecciosa identificada
O tratamento da doença de base (como artrite reumatoide, sarcoidose, etc.) também é essencial em casos associados a doenças sistêmicas.
A uveíte pode causar complicações? Sim, sem tratamento adequado, a uveíte pode levar a várias complicações:
  • Catarata
  • Glaucoma
  • Edema macular cistoide
  • Sinéquias (aderências da íris)
  • Opacidades vítreas persistentes
  • Neovascularização da retina
  • Descolamento de retina
  • Perda permanente da visão
Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce e tratamento adequado por um oftalmologista especializado.
A uveíte pode estar associada a doenças sistêmicas? Sim, a uveíte pode estar associada a diversas doenças sistêmicas:
  • Doenças autoimunes: Artrite reumatoide, lúpus, espondilite anquilosante, doença de Behçet
  • Doenças inflamatórias: Sarcoidose, doença inflamatória intestinal
  • Infecções: Tuberculose, sífilis, toxoplasmose, herpes, HIV
  • Síndromes oftalmológicas: Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada, síndrome dos múltiplos pontos brancos evanescentes
Por isso, pacientes com uveíte frequentemente necessitam de avaliação multidisciplinar para identificar possíveis doenças sistêmicas associadas.
☁️

Catarata

Pergunta Resposta
O que é catarata? Catarata é a opacificação do cristalino, a lente natural do olho que fica atrás da íris (parte colorida). Esta opacificação progressiva impede a passagem de luz, causando visão embaçada, ofuscamento e eventual perda visual se não tratada. A catarata relacionada à idade é a forma mais comum, mas pode também ocorrer devido a traumas, medicamentos (como corticosteroides), exposição prolongada à radiação UV, tabagismo, alcoolismo, diabetes e predisposição genética, ou ainda ser congênita (presente ao nascimento).
Quais são os sintomas da catarata? Os sintomas da catarata incluem:
  • Visão embaçada ou nublada que progride gradualmente
  • Sensibilidade à luz e ofuscamento (especialmente à noite)
  • Dificuldade para enxergar em ambientes com pouca luz
  • Visão dupla em um dos olhos
  • Alterações frequentes na prescrição de óculos
  • Cores menos vívidas ou amareladas
  • Dificuldade para realizar atividades cotidianas como leitura e direção
Os sintomas geralmente se desenvolvem lentamente, durante meses ou anos, a menos que sejam causados por trauma.
Como tratar a catarata? A única forma eficaz de tratar a catarata é a cirurgia para remoção do cristalino opaco e implante de uma lente intraocular artificial (LIO). O procedimento mais comum é a facoemulsificação:
  1. Realizada com anestesia local, geralmente em regime ambulatorial
  2. Pequena incisão na córnea (2-3mm)
  3. Fragmentação do cristalino por ultrassom e aspiração dos fragmentos
  4. Implante da lente intraocular no lugar do cristalino
Em estágios iniciais, quando os sintomas são leves, óculos, lentes de contato e melhor iluminação podem ajudar temporariamente. Não existem medicamentos, colírios ou exercícios que possam reverter ou impedir a progressão da catarata.
Catarata pode voltar depois da cirurgia? A catarata em si não volta após a cirurgia, pois o cristalino é completamente removido. No entanto, em até 30% dos pacientes pode ocorrer uma condição chamada "opacificação da cápsula posterior" ou "catarata secundária", onde a membrana (cápsula) que sustenta a lente intraocular torna-se opaca meses ou anos após a cirurgia.

Esta condição é facilmente tratada com um procedimento a laser (capsulotomia YAG) rápido, indolor e definitivo, realizado em consultório sem necessidade de internação. O laser cria uma pequena abertura na cápsula posterior opaca, restaurando a passagem de luz e a visão.

Qual é o momento certo para fazer a cirurgia de catarata? Não existe uma regra fixa sobre quando operar a catarata. A decisão é individualizada e baseada principalmente em:
  • Impacto na qualidade de vida e atividades diárias do paciente
  • Interferência na capacidade de dirigir, ler ou realizar trabalhos detalhados
  • Segurança do paciente (risco de quedas, acidentes)
  • Condições oculares coexistentes que requerem monitoramento da retina
Antigamente, esperava-se que a catarata estivesse "madura" para operar, mas com as técnicas modernas, é preferível operar antes que a catarata se torne muito densa, o que facilita o procedimento e a recuperação. O paciente e o oftalmologista devem decidir juntos o melhor momento para a cirurgia.
A cirurgia de catarata é dolorosa? A cirurgia de catarata moderna é realizada com anestesia local (colírios anestésicos e/ou injeção ao redor do olho) e, geralmente, sedação leve. A maioria dos pacientes relata pouco ou nenhum desconforto durante o procedimento, que dura aproximadamente 15-20 minutos.

Após a cirurgia, pode ocorrer leve desconforto, sensação de corpo estranho, coceira ou sensibilidade à luz, geralmente controlados com colírios e analgésicos simples. A dor intensa não é esperada e, caso ocorra, o paciente deve contatar imediatamente seu oftalmologista, pois pode indicar complicações como infecção ou pressão ocular elevada.

A recuperação completa geralmente ocorre em 4-6 semanas, mas a maioria dos pacientes retorna às atividades normais em poucos dias, seguindo as restrições recomendadas pelo médico.

🔍

Implante de Lentes Intraoculares

Pergunta Resposta
O que são lentes intraoculares? Lentes intraoculares (LIOs) são implantes artificiais feitos de material biocompatível (geralmente acrílico ou silicone) que substituem o cristalino natural do olho removido durante a cirurgia de catarata ou em procedimentos refrativos para correção de alto grau. As LIOs são permanentes e projetadas para durar toda a vida do paciente. São implantadas dentro do olho, na mesma posição do cristalino original, e se tornam parte da anatomia ocular, sendo imperceptíveis para o paciente e para quem o observa.
Quais são os tipos de lentes intraoculares? Existem diversos tipos de lentes intraoculares, cada uma com características específicas:
Tipo de LIO Características Indicações
Monofocais Foco único, geralmente para visão de longe Pacientes que não se importam em usar óculos para leitura
Multifocais Dois ou mais pontos focais (longe e perto) Pacientes que desejam independência de óculos
Trifocais Três pontos focais (longe, intermediário e perto) Usuários de computador e dispositivos móveis
EDOF (Profundidade de foco estendida) Foco contínuo em uma gama maior de distâncias Pacientes que desejam menos halos/glare que as multifocais
Tóricas Corrigem astigmatismo (podem ser mono ou multifocais) Pacientes com astigmatismo significativo
Acomodativas Movem-se ou mudam de forma para focar Alternativa às multifocais para visão em diferentes distâncias
Fácicas Implantadas sem remover o cristalino natural Correção de altas ametropias em pacientes jovens
A escolha da LIO ideal deve ser individualizada, considerando estilo de vida, expectativas, anatomia ocular e condições preexistentes.
Quais os riscos do implante de lente intraocular? O implante de lentes intraoculares é um procedimento seguro, mas como qualquer cirurgia, apresenta alguns riscos:
  • Infecção (endoftalmite): Rara (0,1%), mas potencialmente grave
  • Deslocamento da LIO: Pode ocorrer por trauma ou fragilidade do suporte capsular
  • Edema macular cistoide: Acúmulo de líquido na mácula, geralmente temporário
  • Opacificação da cápsula posterior: Tratável com laser YAG
  • Erro refrativo residual: Necessidade de óculos ou procedimento adicional
  • Distúrbios visuais: Halos, glare, dificuldade em baixa luminosidade (especialmente com LIOs multifocais)
  • Complicações retinianas: Descolamento de retina (risco aumentado em pacientes com alta miopia)
A maioria das complicações é tratável e o risco é minimizado com avaliação pré-operatória completa, técnica cirúrgica adequada e acompanhamento pós-operatório regular.
Qual a diferença entre lentes multifocais e monofocais?
Lentes Monofocais Lentes Multifocais
Fornecem foco nítido em uma única distância (geralmente longe) Permitem foco em múltiplas distâncias (longe e perto, ou longe, intermediário e perto)
Necessidade de óculos para outras distâncias Maior independência de óculos
Melhor contraste e nitidez na distância escolhida Qualidade visual um pouco reduzida devido à divisão da luz
Menos efeitos visuais como halos e glare Maior probabilidade de halos em torno de luzes à noite
Adaptação pós-operatória mais rápida Adaptação neuroadaptativa que pode levar semanas ou meses
Menor custo Maior custo
Indicada para todos os pacientes, inclusive com patologias oculares Contraindicada para pacientes com certas doenças oculares (glaucoma avançado, retinopatias)

A escolha entre monofocal e multifocal deve considerar o estilo de vida do paciente, expectativas, saúde ocular e disposição para lidar com possíveis limitações de cada tecnologia.

As lentes intraoculares necessitam de troca ou manutenção? As lentes intraoculares modernas são projetadas para durar toda a vida do paciente e não necessitam de manutenção ou troca regular. Feitas de materiais biocompatíveis como acrílico ou silicone, são extremamente duráveis e estáveis dentro do olho.

Em raros casos, pode ser necessária a troca ou reposicionamento da LIO devido a:

  • Deslocamento por trauma ocular severo
  • Cálculo incorreto do poder da lente resultando em erro refrativo significativo
  • Intolerância a sintomas visuais (particularmente com LIOs multifocais)
  • Complicações como opacificação da lente (extremamente raro com materiais modernos)

A cirurgia para troca de LIO é mais complexa que a implantação inicial e apresenta riscos adicionais, por isso é realizada apenas quando absolutamente necessário.

É possível implantar lentes intraoculares sem ter catarata? Sim, existem duas abordagens para implante de lentes intraoculares em pacientes sem catarata:
  1. Lentes intraoculares fácicas: Implantadas sem remover o cristalino natural, são posicionadas na câmara anterior ou posterior do olho. Indicadas para correção de altos graus de miopia, hipermetropia ou astigmatismo em pacientes jovens.
  2. Cirurgia refrativa cristaliniana: Remoção do cristalino transparente e substituição por uma LIO, similar à cirurgia de catarata. Indicada para pacientes com presbiopia acima de 45-50 anos ou altos graus refracionais não adequados para cirurgia a laser.

A decisão deve ser criteriosa, pois a remoção do cristalino em pacientes jovens elimina a capacidade de acomodação natural e aumenta o risco futuro de descolamento de retina, especialmente em míopes altos.

🔬

Retina

Pergunta Resposta
O que é descolamento de retina? O descolamento de retina ocorre quando a camada sensível à luz no fundo do olho (retina) separa-se das camadas de suporte subjacentes. Isso interrompe o suprimento sanguíneo e a nutrição da retina, levando à morte celular se não tratado rapidamente. Existem três tipos principais:
  • Regmatogênico: Causado por um rasgo ou buraco na retina, permitindo que o fluido vítreo se acumule sob ela (mais comum)
  • Tracional: Causado por tecido cicatricial que puxa a retina (comum em diabetes)
  • Exsudativo: Causado por acúmulo de fluido sob a retina devido a inflamação, tumores ou outras doenças
É uma emergência médica que pode levar à cegueira permanente se não tratada prontamente.
Quais são os sintomas do descolamento de retina? Os sinais de alerta do descolamento de retina incluem:
  • Aumento súbito de "moscas volantes" (floaters) - pontos ou fios escuros no campo visual
  • Flashes de luz (fotopsias), especialmente na visão periférica
  • Sensação de "cortina" ou "sombra" avançando no campo visual
  • Visão distorcida
  • Perda da visão central ou periférica
O descolamento geralmente não causa dor. Os sintomas aparecem gradualmente à medida que o descolamento progride, mas às vezes podem ser súbitos. Qualquer pessoa que experimente estes sintomas deve procurar atendimento oftalmológico imediatamente.
Como tratar o descolamento de retina? O tratamento do descolamento de retina é sempre cirúrgico e deve ser realizado o mais rápido possível. As principais opções incluem:
  • Fotocoagulação a laser: Para pequenos rasgos ainda não descolados, criando uma "solda" ao redor do rasgo
  • Criopexia: Semelhante ao laser, mas usando frio extremo para criar adesão
  • Retinopexia pneumática: Injeção de gás na cavidade vítrea para empurrar a retina contra a parede do olho
  • Vitrectomia: Remoção do vítreo e substituição por gás ou óleo de silicone
  • Cirurgia escleral (explante): Colocação de material de suporte na parte externa do olho para pressionar a parede ocular contra a retina
A escolha do procedimento depende do tipo, localização e gravidade do descolamento. Após a cirurgia, a posição da cabeça por alguns dias pode ser crucial para o sucesso do tratamento.
O que é degeneração macular relacionada à idade (DMRI)? A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença que afeta a mácula, a região central da retina responsável pela visão de detalhes e pela visão central. É a principal causa de perda visual em pessoas acima de 60 anos. Existem dois tipos principais:
  • DMRI seca (atrófica): Forma mais comum (85-90% dos casos), caracterizada por atrofia gradual do tecido macular com acúmulo de drusas (depósitos amarelados)
  • DMRI úmida (exsudativa ou neovascular): Forma mais agressiva (10-15% dos casos), onde vasos sanguíneos anormais crescem sob a retina, vazando fluido e sangue
Os fatores de risco incluem idade avançada, tabagismo, histórico familiar, hipertensão, obesidade, dieta pobre em antioxidantes e exposição excessiva à luz solar.
Quais são os tratamentos para DMRI? Os tratamentos para DMRI variam conforme o tipo:
DMRI Seca DMRI Úmida
Suplementação nutricional com fórmula AREDS2 (vitaminas C e E, luteína, zeaxantina, zinco e cobre) Injeções intravítreas de anti-VEGF (ranibizumabe, aflibercepte, bevacizumabe), que bloqueiam o crescimento de vasos anormais
Proteção contra luz azul e UV Terapia fotodinâmica com verteporfina (em casos selecionados)
Dieta rica em ômega-3 e vegetais verde-escuros Fotocoagulação a laser (menos comum atualmente)
Tecnologias assistivas para baixa visão Mesmas medidas preventivas da DMRI seca

Novas terapias estão em desenvolvimento, incluindo implantes de liberação sustentada de medicamentos, terapia gênica e transplante de células-tronco.

O que é retinopatia diabética? A retinopatia diabética é uma complicação ocular do diabetes que afeta os vasos sanguíneos da retina. Ocorre quando níveis elevados de glicose no sangue danificam os pequenos vasos da retina, causando vazamento de fluidos e sangue ou crescimento anormal de novos vasos. Progride em estágios:
  1. Retinopatia não proliferativa leve: Apenas microaneurismas (pequenas dilatações nos vasos)
  2. Retinopatia não proliferativa moderada a grave: Bloqueio de vasos, hemorragias, exsudatos e alterações venosas
  3. Retinopatia proliferativa: Crescimento de novos vasos anormais (neovascularização) e tecido fibroso
  4. Edema macular diabético: Acúmulo de fluido na mácula, afetando a visão central (pode ocorrer em qualquer estágio)
É a principal causa de cegueira em adultos em idade produtiva, mas a detecção precoce e tratamento adequado podem prevenir mais de 90% dos casos de perda visual grave.
💧

Glaucoma

Pergunta Resposta
O que é glaucoma? Glaucoma é um grupo de doenças oculares caracterizadas por dano progressivo ao nervo óptico, geralmente associado ao aumento da pressão intraocular. Este dano leva à perda gradual do campo visual, começando pela visão periférica e podendo progredir para cegueira total se não tratado. O glaucoma é conhecido como o "ladrão silencioso da visão" porque nas formas mais comuns não apresenta sintomas até estágios avançados, quando o dano já é irreversível.

Os principais tipos incluem:

  • Glaucoma primário de ângulo aberto: Forma mais comum, de desenvolvimento lento
  • Glaucoma de ângulo fechado: Menos comum, mas pode ser agudo e causar emergências oftalmológicas
  • Glaucoma congênito: Presente ao nascimento ou que se desenvolve na primeira infância
  • Glaucoma secundário: Resultante de outras condições oculares, traumas, medicamentos ou cirurgias
Quais os sintomas do glaucoma? Os sintomas variam conforme o tipo de glaucoma:
Glaucoma de ângulo aberto Glaucoma de ângulo fechado agudo
Na maioria dos casos, não há sintomas iniciais perceptíveis Dor ocular intensa e súbita
Perda gradual da visão periférica Vermelhidão ocular
Em estágios avançados: visão tubular Visão turva/embaçada
Dificuldade para adaptação ao escuro Náuseas e vômitos
Halos ao redor de luzes Halos coloridos ao redor de luzes
Diagnóstico geralmente em exames de rotina Pupila dilatada e não reativa à luz

O glaucoma de ângulo fechado agudo é uma emergência médica e requer atendimento imediato para evitar perda visual permanente.

Como tratar o glaucoma? O tratamento do glaucoma visa reduzir a pressão intraocular para prevenir danos adicionais ao nervo óptico. As opções incluem:
  1. Medicamentos (colírios):
    • Análogos de prostaglandinas (latanoprosta, bimatoprosta)
    • Beta-bloqueadores (timolol, betaxolol)
    • Alfa-agonistas (brimonidina)
    • Inibidores da anidrase carbônica (dorzolamida, brinzolamida)
    • Parassimpaticomiméticos (pilocarpina)
  2. Tratamentos a laser:
    • Trabeculoplastia a laser (SLT ou ALT) para glaucoma de ângulo aberto
    • Iridotomia periférica a laser para glaucoma de ângulo fechado
    • Ciclofotocoagulação para casos refratários
  3. Cirurgias:
    • Trabeculectomia (procedimento filtrante tradicional)
    • Implantes de drenagem (válvulas ou shunts)
    • Procedimentos minimamente invasivos (MIGS) como iStent, Hydrus, XEN

O tratamento é contínuo e exige acompanhamento regular para monitorar a pressão ocular e a progressão da doença. A abordagem é personalizada para cada paciente.

O glaucoma tem cura? Não, o glaucoma não tem cura definitiva. É uma doença crônica que requer controle contínuo por toda a vida. Os tratamentos disponíveis podem controlar efetivamente a pressão intraocular e retardar ou deter a progressão da doença, mas não podem reverter o dano já causado ao nervo óptico.

O dano ao nervo óptico e a perda de campo visual causados pelo glaucoma são irreversíveis. Por isso, o diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento antes que ocorra perda visual significativa.

Com tratamento adequado e acompanhamento regular, a maioria dos pacientes com glaucoma pode manter boa visão funcional por toda a vida. O controle eficaz depende da adesão ao tratamento prescrito e da realização de exames periódicos.

Quem tem maior risco de desenvolver glaucoma? Os principais fatores de risco para glaucoma incluem:
  • Idade avançada: O risco aumenta significativamente após os 40 anos
  • Histórico familiar: Parentes de primeiro grau com glaucoma aumentam o risco em 4-9 vezes
  • Etnia: Pessoas negras e hispânicas têm maior risco de glaucoma de ângulo aberto; pessoas de origem asiática têm maior risco de glaucoma de ângulo fechado
  • Pressão intraocular elevada: Principal fator de risco tratável
  • Miopia alta: Aumenta o risco de glaucoma de ângulo aberto
  • Hipermetropia: Aumenta o risco de glaucoma de ângulo fechado
  • Condições médicas: Diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, apneia do sono
  • Uso prolongado de corticoides: Em qualquer forma (colírios, inaladores, cremes, orais)
  • Trauma ocular prévio: Lesões nos olhos podem causar glaucoma secundário
  • Córneas finas: Espessura corneana central reduzida
Pessoas com um ou mais desses fatores de risco devem realizar exames oftalmológicos mais frequentes para detecção precoce.
É possível prevenir o glaucoma? Não é possível prevenir completamente o glaucoma, pois muitos fatores de risco são não-modificáveis (como idade, genética e etnia). No entanto, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco ou detectar a doença precocemente:
  • Exames oftalmológicos regulares, especialmente após os 40 anos
  • Conhecer o histórico familiar de doenças oculares
  • Controle de condições médicas como diabetes e hipertensão
  • Evitar o uso prolongado de corticosteroides sem supervisão médica
  • Proteção ocular contra traumas
  • Estilo de vida saudável: exercícios moderados, dieta equilibrada, evitar tabagismo
  • Hidratação adequada
A chave para evitar a cegueira por glaucoma é o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, pois a perda visual já ocorrida não pode ser recuperada.
👁️

Órbita

Pergunta Resposta
O que são tumores orbitários? Tumores orbitários são crescimentos anormais que ocorrem na cavidade óssea (órbita) que contém o olho e suas estruturas de suporte. Podem ser benignos ou malignos e afetar diversas estruturas:
  • Tumores primários: Originados na própria órbita (hemangioma, meningioma, schwannoma)
  • Tumores secundários: Que se estendem de estruturas adjacentes (seios paranasais, cérebro)
  • Tumores metastáticos: Originados em outras partes do corpo (mama, pulmão, próstata)
Os sintomas podem incluir proptose (olho protuberante), dor, diplopia (visão dupla), perda visual, alterações na mobilidade ocular e edema palpebral. O diagnóstico é feito por exames de imagem (TC, RM) e confirmado por biópsia quando necessário.
O que é exoftalmia? Exoftalmia (também chamada proptose) é a protrusão anormal do globo ocular para fora da órbita. A causa mais comum é a doença de Graves (orbitopatia tireoidiana), uma condição autoimune associada ao hipertireoidismo onde ocorre inflamação e aumento do volume dos músculos extraoculares e do tecido gorduroso orbital.

Outras causas incluem:

  • Tumores orbitários
  • Inflamações orbitárias (pseudotumor, sarcoidose)
  • Hemorragia orbital (após trauma ou cirurgia)
  • Malformações vasculares
  • Infecções (celulite orbital)
  • Anomalias congênitas

A exoftalmia pode levar a complicações como ressecamento da córnea, exposição corneana, neuropatia óptica compressiva e alterações estéticas. O tratamento depende da causa subjacente.

Como tratar tumores orbitários? O tratamento dos tumores orbitários varia conforme o tipo, localização, comportamento (benigno ou maligno) e impacto funcional:
Abordagem Indicações
Observação: Tumores pequenos, benignos, assintomáticos e de crescimento lento
Cirurgia: Ressecção completa para tumores benignos acessíveis; descompressão ou biópsia para tumores malignos ou inacessíveis
Radioterapia: Tumores malignos, tumores residuais após cirurgia, ou casos inoperáveis
Quimioterapia: Tumores malignos sistêmicos ou metastáticos
Tratamento da causa base: Para exoftalmia por doença de Graves, medicamentos para controle da tireoide e imunossupressores

O acompanhamento multidisciplinar entre oftalmologistas, neurologistas, oncologistas e endocrinologistas é frequentemente necessário.

O que é celulite orbital? Celulite orbital é uma infecção grave dos tecidos da cavidade orbital, posterior ao septo orbital. É diferente da celulite pré-septal, que afeta apenas as pálpebras e tecidos anteriores ao septo orbital.

Características da celulite orbital:

  • Causas: Geralmente por disseminação de infecções sinusais (especialmente etmoidais), traumatismos, infecções odontogênicas ou complicação de cirurgias
  • Sintomas: Proptose, limitação dolorosa da movimentação ocular, diminuição da acuidade visual, quemose (edema conjuntival), febre, mal-estar
  • Patógenos comuns: Staphylococcus aureus, Streptococcus spp., anaeróbios e, em casos pós-traumáticos, flora mista
  • Complicações: Abscesso orbital, trombose do seio cavernoso, meningite, abscesso cerebral, perda visual permanente

É uma emergência médica que requer hospitalização, antibioticoterapia intravenosa de amplo espectro e, em alguns casos, drenagem cirúrgica. O diagnóstico é clínico, apoiado por exames de imagem (TC ou RM).

O que é fratura orbital blow-out? A fratura orbital blow-out é um tipo de fratura que ocorre quando uma força contundente é aplicada diretamente ao globo ocular, aumentando abruptamente a pressão intraorbital. O aumento súbito da pressão faz com que o osso mais fino da órbita (geralmente o assoalho orbital ou a parede medial) ceda e se rompa.

Sinais e sintomas incluem:

  • Diplopia (visão dupla), especialmente ao olhar para cima (nas fraturas de assoalho)
  • Limitação da movimentação ocular devido ao aprisionamento de músculos ou tecidos moles na fratura
  • Enoftalmia (afundamento do olho)
  • Hipoestesia ou anestesia na região infraorbital (área da bochecha)
  • Crepitação subcutânea (ar nos tecidos)
  • Edema e equimose periorbital

O diagnóstico é confirmado por tomografia computadorizada. O tratamento pode ser conservador para fraturas pequenas sem aprisionamento muscular ou cirúrgico (reconstrução orbital com implantes) para casos mais graves.

💧

Vias Lacrimais

Pergunta Resposta
O que é obstrução do canal lacrimal? A obstrução do canal lacrimal é um bloqueio em qualquer parte do sistema de drenagem das lágrimas, impedindo o fluxo normal de lágrimas dos olhos para o nariz. Existem diferentes tipos:
  • Obstrução congênita: Presente ao nascimento, geralmente devido à persistência de uma membrana no ducto nasolacrimal
  • Obstrução adquirida: Desenvolve-se ao longo da vida devido a infecções, inflamações, traumas, uso de certos medicamentos, tumores ou como parte do processo de envelhecimento
  • Obstrução funcional: O sistema está anatomicamente patente, mas não funciona adequadamente

O principal sintoma é o lacrimejamento excessivo (epífora), frequentemente acompanhado de secreção, irritação e infecções recorrentes (conjuntivite, dacriocistite).

Como tratar obstrução lacrimal? O tratamento varia conforme a idade do paciente, a localização e a causa da obstrução:
  • Em recém-nascidos e bebês:
    • Massagem do saco lacrimal (2-3 vezes ao dia)
    • Observação, pois 90% dos casos resolvem-se espontaneamente até 1 ano de idade
    • Sondagem e irrigação do ducto nasolacrimal para casos persistentes
    • Intubação com silicone em casos recalcitrantes
  • Em adultos:
    • Colírios antibióticos para infecções associadas
    • Dilatação e irrigação dos pontos lacrimais para obstruções leves
    • Intubação do sistema lacrimal com tubos de silicone
    • Dacriocistorrinostomia (DCR): cirurgia para criar uma nova passagem entre o saco lacrimal e a cavidade nasal, pode ser externa (através de incisão cutânea) ou endoscópica (sem cicatriz externa)
    • Conjuntivo-dacriocistorrinostomia com inserção de tubo de Jones para casos de obstrução do canalículo

O tratamento específico depende da avaliação detalhada por um oftalmologista especializado em vias lacrimais.

O que é dacriocistite? Dacriocistite é a infecção ou inflamação do saco lacrimal, geralmente resultante de obstrução do ducto nasolacrimal. Essa obstrução causa estagnação do fluido lacrimal, criando um ambiente propício para crescimento bacteriano.

Pode se apresentar de duas formas:

  • Dacriocistite aguda: Início súbito de dor intensa, vermelhidão e inchaço na área do saco lacrimal (canto interno do olho, próximo ao nariz). Pode haver febre e secreção purulenta pelos pontos lacrimais ao pressionar a área.
  • Dacriocistite crônica: Episódios recorrentes de menor intensidade, com lacrimejamento persistente, irritação leve e secreção intermitente.

O tratamento da forma aguda inclui antibióticos sistêmicos, compressas quentes e, por vezes, drenagem de abscesso. Nos casos crônicos ou recorrentes, a correção cirúrgica da obstrução subjacente (dacriocistorrinostomia) é geralmente necessária para resolução definitiva.

Por que algumas pessoas têm olhos mais lacrimejantes? O lacrimejamento excessivo (epífora) pode ocorrer por duas razões principais:
  1. Produção excessiva de lágrimas (hipersecreção):
    • Irritação ocular (corpo estranho, inflamação, alergia)
    • Olho seco (paradoxalmente, causa lacrimejamento reflexo)
    • Alterações palpebrais (entrópio, ectrópio, triquíase)
    • Fatores emocionais
    • Sensibilidade ao frio, vento, luz ou fumaça
    • Efeitos colaterais de medicamentos (colírios para glaucoma como pilocarpina, antidepressivos)
  2. Drenagem inadequada (obstrução):
    • Obstrução em qualquer ponto do sistema de drenagem (pontos lacrimais, canalículos, saco lacrimal, ducto nasolacrimal)
    • Lassidão palpebral, causando mau posicionamento dos pontos lacrimais
    • Flacidez da bomba lacrimal (mecanismo que impulsiona as lágrimas durante o piscar)
    • Alterações anatômicas congênitas ou adquiridas

Alguns indivíduos também podem ter predisposição anatômica ou genética para maior lacrimejamento. A avaliação oftalmológica é importante para determinar a causa específica e orientar o tratamento adequado.

O que é olho seco? Olho seco é uma doença multifatorial da superfície ocular caracterizada por perda da homeostase do filme lacrimal, acompanhada de sintomas oculares, nos quais a instabilidade e hiperosmolaridade do filme lacrimal, inflamação e dano da superfície ocular, e anormalidades neurossensoriais desempenham papéis etiológicos.

Existem dois mecanismos principais:

  • Deficiência aquosa: Produção insuficiente da camada aquosa das lágrimas pelas glândulas lacrimais
  • Evaporativa: Perda excessiva de lágrimas por evaporação, geralmente por disfunção das glândulas de Meibômio (responsáveis pela camada lipídica que previne a evaporação)

Fatores de risco incluem idade avançada, sexo feminino (especialmente pós-menopausa), uso de certos medicamentos, condições autoimunes (Síndrome de Sjögren), uso prolongado de telas, ambientes com ar condicionado ou baixa umidade, cirurgias oculares prévias e uso de lentes de contato.

🔪

Oculoplástica

Pergunta Resposta
O que é blefaroplastia? Blefaroplastia é um procedimento cirúrgico para remover o excesso de pele, músculo e/ou gordura das pálpebras superiores e/ou inferiores. Pode ser realizada por motivos funcionais ou estéticos:
  • Funcional: Quando o excesso de pele das pálpebras superiores obstrui o campo visual (dermatocálase)
  • Estética: Para melhorar a aparência das pálpebras, reduzindo sinais de envelhecimento como bolsas e flacidez

A técnica envolve incisões nas dobras naturais das pálpebras, tornando as cicatrizes praticamente imperceptíveis após a cicatrização. A cirurgia pode ser realizada com anestesia local e sedação, com recuperação relativamente rápida (10-14 dias para os sinais visíveis).

Quando realizada por razões funcionais (melhora do campo visual), a blefaroplastia pode ser coberta por planos de saúde ou seguro médico, mediante documentação apropriada da perda de campo visual.

O que é ptose palpebral? Ptose palpebral é a queda ou descida anormal da pálpebra superior, que pode cobrir parte da pupila e prejudicar a visão. Pode afetar um ou ambos os olhos e classificá-se em:
  • Congênita: Presente desde o nascimento, geralmente por desenvolvimento inadequado do músculo levantador da pálpebra
  • Adquirida: Desenvolve-se ao longo da vida por diversas causas:
    • Involucional (relacionada à idade) - a mais comum
    • Neurológica (paralisia do III par craniano)
    • Miogênica (miastenia gravis)
    • Traumática
    • Mecânica (tumores, inflamação)
    • Pós-cirúrgica (após cirurgia de catarata ou uso de lentes de contato)

O tratamento na maioria dos casos é cirúrgico, através de técnicas que reforçam ou encurtam o músculo levantador da pálpebra ou criam uma conexão entre a pálpebra e o músculo frontal (suspensão frontal).

Quais são as indicações da cirurgia plástica ocular? A cirurgia plástica ocular (oculoplástica) abrange diversos procedimentos com indicações funcionais e/ou estéticas:
Procedimento Indicações Funcionais Indicações Estéticas
Blefaroplastia Dermatocálase com restrição do campo visual Excesso de pele, bolsas de gordura, aparência envelhecida
Correção de ptose Pálpebra caída obstruindo a visão Assimetria facial, aparência de cansaço
Correção de entrópio/ectrópio Irritação ocular, abrasão corneana, epífora Aparência anormal da pálpebra
Reconstrução palpebral Após remoção de tumores, trauma ou defeitos congênitos Restauração da aparência normal
Cirurgia de vias lacrimais Obstrução lacrimal, epífora, dacriocistite recorrente Não aplicável
Tratamento de tumores Remoção de lesões malignas ou benignas Melhora da aparência após remoção
Cirurgia orbital Exoftalmia, fraturas, descompressão Melhora do contorno facial

Muitos procedimentos oculoplásticos têm dupla finalidade, melhorando tanto a função quanto a estética. A avaliação por um oftalmologista especializado em oculoplástica é essencial para determinar a melhor abordagem para cada caso.

O que são ectrópio e entrópio? Ectrópio e entrópio são condições que afetam a posição da pálpebra, geralmente a inferior:
  • Ectrópio: Eversão da pálpebra, onde a margem palpebral vira para fora, afastando-se do globo ocular. Causa exposição da conjuntiva palpebral (vermelhidão), lacrimejamento, irritação e secura ocular. Mais comum em idosos devido à flacidez dos tecidos.
  • Entrópio: Inversão da pálpebra, onde a margem palpebral vira para dentro, fazendo com que os cílios toquem a córnea (triquíase). Causa irritação, sensação de corpo estranho, lacrimejamento e pode levar a abrasões corneanas e úlceras.

Ambas as condições são mais comuns em idosos (forma involucional), mas também podem ocorrer por cicatrizes, espasmo muscular ou causas congênitas. O tratamento definitivo geralmente é cirúrgico, embora medidas temporárias como lubrificantes, fitas adesivas ou lentes de contato terapêuticas possam ser utilizadas em casos leves ou como ponte para a cirurgia.

A aplicação de toxina botulínica pode ser feita por oftalmologistas? Sim, oftalmologistas especializados em oculoplástica estão entre os profissionais mais qualificados para aplicar toxina botulínica na região periocular, devido ao seu profundo conhecimento da anatomia ocular e facial.

A toxina botulínica tem diversas aplicações oftalmológicas:

  • Terapêuticas:
    • Blefaroespasmo (contração involuntária das pálpebras)
    • Espasmo hemifacial
    • Estrabismo
    • Nistagmo
    • Entrópio espástico
  • Estéticas:
    • Rugas periorbitárias ("pés de galinha")
    • Rugas glabelares (entre as sobrancelhas)
    • Rugas frontais
    • Elevação da cauda da sobrancelha
    • Assimetrias faciais leves

A aplicação de toxina botulínica para indicações terapêuticas oftalmológicas foi, inclusive, uma das primeiras aprovações da substância para uso médico, antes mesmo das aplicações estéticas se tornarem populares.

👀

Estrabismo

Pergunta Resposta
O que é estrabismo? Estrabismo é o desalinhamento dos olhos, onde os dois olhos não apontam simultaneamente para o mesmo objeto. Este desalinhamento pode ser constante ou intermitente, e pode manifestar-se em diferentes direções:
  • Esotropia: Desvio para dentro (olho "vesgo")
  • Exotropia: Desvio para fora (olho "caído")
  • Hipertropia: Desvio para cima
  • Hipotropia: Desvio para baixo
  • Ciclotropia: Rotação do olho em torno do eixo anteroposterior

O estrabismo pode ser congênito ou adquirido, e sua causa pode estar relacionada a problemas musculares, neurológicos ou anatômicos. Além do aspecto estético, pode causar diplopia (visão dupla), confusão visual, perda de visão tridimensional e ambliopia ("olho preguiçoso") em crianças.

Estrabismo tem cura? O estrabismo pode ser tratado com sucesso na maioria dos casos, mas o conceito de "cura" depende do tipo, causa e idade de início. As principais opções de tratamento incluem:
  • Correção óptica: Óculos ou lentes de contato podem corrigir totalmente alguns tipos de estrabismo, especialmente aqueles associados a erros refrativos (hipermetropia, miopia)
  • Terapia visual (ortóptica): Exercícios específicos para melhorar a coordenação ocular e fortalecer a fusão binocular
  • Oclusão (tampão ocular): Para tratar a ambliopia associada, especialmente em crianças
  • Injeção de toxina botulínica: Enfraquece temporariamente músculos específicos, útil em alguns casos de estrabismo recente ou como teste antes da cirurgia
  • Cirurgia: Realinhamento dos músculos extraoculares através de fortalecimento, enfraquecimento ou reposicionamento

O resultado do tratamento depende de diversos fatores, incluindo a idade do paciente, tipo e duração do estrabismo, presença de ambliopia e comorbidades. Em alguns casos, especialmente quando tratado precocemente, o estrabismo pode ser completamente corrigido. Em outros, pode-se obter uma melhora significativa, mas com necessidade de tratamento contínuo ou recorrência parcial ao longo do tempo.

O que é ambliopia? Ambliopia, popularmente conhecida como "olho preguiçoso", é a redução da acuidade visual em um ou ambos os olhos sem causa orgânica aparente. Desenvolve-se durante o período crítico do desenvolvimento visual (do nascimento até aproximadamente 7-9 anos) quando o cérebro suprime a imagem de um olho para evitar a visão dupla ou confusa.

As principais causas incluem:

  • Ambliopia estrábica: Causada pelo desalinhamento dos olhos
  • Ambliopia refrativa: Causada por erro refrativo significativo ou diferente entre os olhos (anisometropia)
  • Ambliopia por privação: Causada por obstrução do eixo visual (catarata congênita, ptose palpebral grave)

O tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível e inclui a correção da causa subjacente (óculos, cirurgia de catarata ou estrabismo) seguida de estimulação do olho ambliópico, geralmente através de oclusão do olho dominante ("tampão") ou penalização óptica (colírios ou lentes especiais).

Quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento, melhores são os resultados. A ambliopia não tratada pode levar à perda permanente de visão no olho afetado.

O que são músculos extraoculares? Os músculos extraoculares são responsáveis pelos movimentos precisos dos olhos. Cada olho possui seis músculos:
  • Quatro músculos retos:
    • Reto medial: move o olho para dentro (adução)
    • Reto lateral: move o olho para fora (abdução)
    • Reto superior: move o olho para cima e ligeiramente para dentro
    • Reto inferior: move o olho para baixo e ligeiramente para dentro
  • Dois músculos oblíquos:
    • Oblíquo superior: move o olho para baixo e para fora, com rotação
    • Oblíquo inferior: move o olho para cima e para fora, com rotação

Estes músculos trabalham em pares sinérgicos e antagônicos, permitindo movimentos complexos e coordenados dos olhos. São controlados pelos nervos cranianos III (oculomotor), IV (troclear) e VI (abducente). Disfunções destes músculos ou de sua inervação podem resultar em estrabismo, nistagmo ou limitação dos movimentos oculares.

Como é feita a cirurgia de estrabismo? A cirurgia de estrabismo visa realinhar os olhos através de procedimentos nos músculos extraoculares. Pode ser realizada sob anestesia geral (especialmente em crianças) ou local com sedação (em adultos). As técnicas principais incluem:
  • Recuo muscular: O músculo é reposicionado para trás em sua inserção original, enfraquecendo sua ação
  • Ressecção muscular: Uma porção do músculo é removida e as extremidades são suturadas, encurtando o músculo e fortalecendo sua ação
  • Transposição muscular: Reposicionamento lateral da inserção do músculo para modificar sua direção de tração
  • Suturas ajustáveis: Técnica que permite ajuste fino da posição muscular no pós-operatório imediato

A cirurgia é realizada através da conjuntiva, sem incisões na pele, deixando cicatrizes mínimas ou invisíveis. A recuperação visual é rápida, embora vermelhidão e desconforto leve possam persistir por algumas semanas. As atividades normais geralmente podem ser retomadas em 1-2 semanas.

Em alguns casos, mais de uma cirurgia pode ser necessária para atingir o alinhamento ideal, especialmente em estrabismos complexos ou de longa duração.

👶

Oftalmopediatria

Pergunta Resposta
Quando levar a criança ao oftalmologista pela primeira vez? O cronograma recomendado para exames oftalmológicos pediátricos é:
  • Ao nascimento: Teste do olhinho (reflexo vermelho) para detectar opacidades nos meios oculares como catarata congênita
  • Aos 6 meses: Primeira avaliação oftalmológica completa para verificar alinhamento ocular, movimentos, reflexos e estruturas básicas
  • Aos 3 anos: Avaliação da acuidade visual, motilidade ocular e profundidade/coordenação visual
  • Aos 5 anos (antes da alfabetização): Exame para detectar erros refrativos e outros problemas que possam interferir no aprendizado

Além desse cronograma, consultas imediatas são recomendadas se houver:

  • Histórico familiar de doenças oculares infantis
  • Prematuridade
  • Doenças sistêmicas com potencial acometimento ocular
  • Olhos desalinhados (estrabismo)
  • Pálpebras caídas cobrindo parte da pupila
  • Reflexo branco nas pupilas em fotografias
  • Olhos vermelhos, lacrimejantes ou com secreção persistente
  • Sensibilidade excessiva à luz
  • Comportamentos sugestivos de problemas visuais (sentar muito próximo à TV, inclinar a cabeça, esfregar os olhos excessivamente)
O que é retinopatia da prematuridade? A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença vasoproliferativa que afeta a retina de bebês prematuros, especialmente aqueles com muito baixo peso ao nascer. Ocorre quando o desenvolvimento normal dos vasos sanguíneos da retina é interrompido pelo nascimento prematuro e posteriormente retomado de forma anormal.

Os principais fatores de risco incluem:

  • Idade gestacional menor que 32 semanas
  • Peso ao nascer menor que 1500g
  • Oxigenoterapia prolongada
  • Transfusões sanguíneas
  • Sepse neonatal

A ROP é classificada em cinco estágios de gravidade crescente. Nos casos leves (estágios 1-2), geralmente ocorre regressão espontânea sem sequelas. Já os casos avançados (estágios 3-5) podem levar a descolamento de retina e cegueira irreversível se não tratados a tempo.

O tratamento, quando necessário, inclui fotocoagulação a laser ou injeções intravítreas de antiangiogênicos. O acompanhamento oftalmológico é essencial para todos os bebês prematuros em risco, mesmo após a alta da UTI neonatal.

Como identificar problemas de visão em crianças? Crianças raramente se queixam de problemas visuais, pois não têm referência de como seria a visão normal. Por isso, pais e educadores devem estar atentos aos seguintes sinais:
  • Comportamento visual:
    • Aproximar-se excessivamente de livros, tablets ou da TV
    • Inclinar a cabeça ou cobrir um olho para enxergar melhor
    • Dificuldade para localizar objetos pequenos
    • Sensibilidade excessiva à luz (fotofobia)
    • Desinteresse por atividades que exigem visão de longe (como esportes)
  • Sinais físicos:
    • Estrabismo (olhos desalinhados) em qualquer idade
    • Olhos constantemente vermelhos ou lacrimejantes
    • Pálpebras frequentemente inchadas ou com secreção
    • Piscar excessivo ou esfregar os olhos constantemente
    • Reflexo branco na pupila em fotografias
  • Problemas escolares ou de desenvolvimento:
    • Dificuldade para copiar do quadro
    • Confusão de letras similares (p/q, b/d)
    • Perder a linha durante a leitura
    • Dores de cabeça frequentes após leitura ou atividades que exigem concentração visual
    • Atraso no desenvolvimento motor ou dificuldade em atividades que exigem coordenação olho-mão

Ao identificar qualquer desses sinais, é recomendável agendar uma consulta com um oftalmologista pediátrico o mais breve possível. O diagnóstico e tratamento precoces de problemas visuais são fundamentais para o desenvolvimento adequado da criança.

Criança pode usar lentes de contato? Sim, crianças podem usar lentes de contato em situações específicas, e a idade adequada depende mais da maturidade da criança e da necessidade médica do que de um número fixo. As principais indicações para lentes de contato em crianças incluem:
  • Indicações médicas:
    • Alta anisometropia (diferença significativa de grau entre os olhos)
    • Afacia (ausência de cristalino após cirurgia de catarata congênita)
    • Ceratocone
    • Irregularidades corneanas após trauma ou cirurgia
    • Albinismo
    • Nistagmo
  • Outras indicações:
    • Práticas esportivas intensas
    • Crianças que não se adaptam bem aos óculos
    • Adolescentes com questões de autoestima relacionadas ao uso de óculos

Para o sucesso do uso de lentes, são essenciais:

  • Maturidade da criança para cuidados de higiene
  • Supervisão dos pais nos cuidados diários
  • Consultas regulares de acompanhamento
  • Educação sobre riscos e cuidados

Lentes descartáveis diárias são geralmente a opção mais segura para crianças e adolescentes, pois eliminam a necessidade de limpeza e armazenamento, reduzindo o risco de complicações.

Por que algumas crianças precisam usar tampão no olho? O uso de tampão ocular (oclusão) em crianças é principalmente indicado para o tratamento da ambliopia ("olho preguiçoso"). A ambliopia ocorre quando, durante o desenvolvimento visual, um olho não recebe estímulos adequados ou o cérebro suprime sua imagem, resultando em baixa visão que não melhora apenas com correção óptica.

O tampão funciona cobrindo o olho dominante (de melhor visão), forçando a criança a usar o olho amblíope, o que estimula as conexões neurais necessárias para o desenvolvimento visual. Outras indicações para tampão incluem:

  • Após cirurgias oculares, para proteção
  • Em casos de fotofobia intensa
  • Para tratamento de diplopia (visão dupla)
  • Como terapia complementar em alguns tipos de estrabismo

A duração e frequência da oclusão variam conforme a gravidade da ambliopia, a idade da criança e a resposta ao tratamento. Pode variar de algumas horas por dia até oclusão durante todo o período de vigília. A maior eficácia é obtida quando iniciada precocemente, idealmente antes dos 7 anos de idade, quando o sistema visual ainda está em desenvolvimento (período de plasticidade visual).

A adesão ao tratamento é crucial para o sucesso, e o suporte dos pais, escolas e familiares é fundamental para ajudar a criança a superar as dificuldades sociais e práticas de usar o tampão.

🔍

Lentes de Contato

Pergunta Resposta
Quem pode usar lentes de contato? A maioria das pessoas com necessidade de correção visual pode usar lentes de contato, incluindo quem tem:
  • Miopia (dificuldade para ver longe)
  • Hipermetropia (dificuldade para ver perto)
  • Astigmatismo (visão distorcida)
  • Presbiopia (dificuldade para leitura após os 40 anos)

Existem também lentes especiais para:

  • Ceratocone e irregularidades corneanas
  • Olho seco (lentes especiais de alta permeabilidade)
  • Após cirurgias oculares
  • Finalidades terapêuticas (proteção, administração de medicamentos)
  • Fins estéticos (mudança da cor dos olhos)

No entanto, alguns fatores podem contraindicar ou limitar o uso:

  • Infecções ou inflamações oculares ativas
  • Olho seco grave não controlado
  • Alergias oculares severas
  • Ambientes extremamente secos ou empoeirados
  • Incapacidade de manter a higiene adequada das lentes

A avaliação por um oftalmologista é essencial para determinar o tipo de lente mais adequado para cada caso e para descartar contraindicações específicas.

Como cuidar das lentes de contato? Os cuidados adequados com as lentes de contato são essenciais para a saúde ocular e o bom funcionamento das lentes:
Tipo de Lente Cuidados Específicos
Descartáveis diárias Descartar após cada uso; não requer solução de limpeza
Quinzenais/Mensais Limpar e desinfetar diariamente com solução multiuso ou sistema de peróxido
Rígidas gás-permeáveis Limpeza mecânica com produto específico, seguida de desinfecção

Princípios gerais para todos os tipos de lentes:

  • Lave sempre as mãos antes de manipular as lentes
  • Nunca use água da torneira para limpar ou armazenar lentes
  • Troque o estojo de armazenamento a cada 3 meses no máximo
  • Siga rigorosamente o tempo de troca recomendado para cada tipo de lente
  • Não durma com lentes, exceto aquelas especificamente aprovadas para uso contínuo
  • Evite contato com água (chuveiro, piscina, mar) enquanto estiver usando lentes
  • Nunca use saliva para "limpar" ou umedecer lentes
  • Em caso de vermelhidão, dor, sensibilidade à luz ou alteração visual, remova as lentes e consulte seu oftalmologista

Siga sempre as orientações específicas do seu oftalmologista, que podem variar conforme suas necessidades individuais.

Quais são os tipos de lentes de contato disponíveis? Existem diversos tipos de lentes de contato, adequados para diferentes necessidades:
  1. Quanto ao material:
    • Gelatinosas (hidrofílicas): Macias, confortáveis, adaptação rápida
    • Rígidas gás-permeáveis (RGP): Melhor qualidade óptica, durabilidade maior, ideal para córneas irregulares
    • Híbridas: Centro rígido com borda gelatinosa, combinando vantagens dos dois tipos
    • Esclerais: Grandes, apoiam-se na esclera (parte branca), usadas em casos complexos
  2. Quanto à frequência de troca:
    • Diárias descartáveis: Máxima conveniência e higiene
    • Quinzenais: Troca a cada duas semanas
    • Mensais: Troca a cada 30 dias
    • Trimestrais/anuais: Principalmente RGP
  3. Quanto à finalidade:
    • Esféricas: Para miopia ou hipermetropia simples
    • Tóricas: Para correção de astigmatismo
    • Multifocais: Para correção simultânea de longe e perto (presbiopia)
    • Cosmética: Para alterar ou realçar a cor dos olhos
    • Terapêuticas: Para proteção corneana ou administração de medicamentos
    • Ortoceratologia: Usadas durante a noite para modelar temporariamente a córnea
    • Para ceratocone: Desenho especial para córneas cônicas

A escolha do tipo ideal depende de diversos fatores, incluindo o erro refrativo, anatomia ocular, estilo de vida, condições ambientais de trabalho e preferências pessoais. A avaliação e orientação por um oftalmologista especializado em lentes de contato é fundamental para a melhor adaptação.

Quais são os riscos do uso de lentes de contato? Embora as lentes de contato sejam seguras quando usadas corretamente, existem riscos associados, especialmente com uso inadequado:
  • Complicações infecciosas:
    • Ceratite bacteriana (mais comum por Pseudomonas e Staphylococcus)
    • Ceratite por Acanthamoeba (associada ao contato com água)
    • Ceratite fúngica
    • Conjuntivite
  • Complicações inflamatórias:
    • Conjuntivite papilar gigante
    • Infiltrados corneanos estéreis
    • Reação tóxica às soluções de limpeza
  • Complicações mecânicas:
    • Abrasão corneana
    • Neovascularização corneana
    • Síndrome da lente aderida
    • Warpage corneano (deformação)
  • Complicações metabólicas:
    • Hipóxia corneana
    • Edema corneano
    • Olho seco induzido por lentes

Os fatores que aumentam o risco incluem:

  • Uso prolongado além do recomendado (dormir com lentes não indicadas para isso)
  • Má higiene na manipulação
  • Limpeza inadequada ou reutilização de solução
  • Contato com água (piscina, chuveiro, banheira)
  • Não respeitar o tempo de troca das lentes
  • Uso de lentes sem prescrição médica ou adaptação adequada

Para minimizar riscos, siga rigorosamente as orientações do seu oftalmologista, mantenha consultas regulares de acompanhamento e procure atendimento imediato se apresentar vermelhidão, dor, sensibilidade à luz ou alteração visual.

Cirurgia Refrativa

Pergunta Resposta
O que é cirurgia refrativa? Cirurgia refrativa é um conjunto de procedimentos cirúrgicos que visam corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) para reduzir ou eliminar a dependência de óculos ou lentes de contato. Estas cirurgias modificam o poder refrativo do olho, alterando a córnea (tecido transparente na frente do olho) ou, em alguns casos, implantando lentes dentro do olho.

As técnicas mais comuns incluem:

  • LASIK (Laser-Assisted In Situ Keratomileusis): Cria-se um flap na camada superficial da córnea, aplica-se laser excimer no tecido corneano subjacente e reposiciona-se o flap
  • PRK (Ceratectomia Fotorrefrativa): Remove-se o epitélio (camada mais externa da córnea) e aplica-se laser excimer diretamente na superfície
  • SMILE (Small Incision Lenticule Extraction): Usa laser de femtossegundo para criar uma pequena "lente" de tecido dentro da córnea, que é removida através de uma microincisão
  • Implante de lentes fácicas: Inserção de lentes intraoculares sem remover o cristalino natural
  • Cirurgia refrativa com implante de lentes multifocais: Remove-se o cristalino natural (mesmo sem catarata) e implanta-se uma lente intraocular multifocal
Quem pode fazer cirurgia refrativa? A elegibilidade para cirurgia refrativa depende de diversos fatores que serão avaliados pelo oftalmologista. Candidatos ideais geralmente apresentam:
  • Idade acima de 18-21 anos (dependendo da técnica)
  • Grau estável por pelo menos 1-2 anos
  • Córnea com espessura e topografia adequadas
  • Ausência de certas doenças oculares (ceratocone, glaucoma avançado, inflamações ativas)
  • Boa saúde ocular geral
  • Expectativas realistas sobre os resultados

Fatores que podem contraindicar a cirurgia:

  • Córnea fina ou com forma irregular
  • Olho seco grave
  • Catarata significativa
  • Doenças autoimunes não controladas
  • Gravidez ou amamentação
  • Histórico de cicatrização problemática
  • Grau muito alto que exceda os limites de segurança para correção a laser

A avaliação pré-operatória completa é fundamental para determinar se o paciente é um bom candidato e qual técnica é mais adequada para seu caso específico.

Qual a diferença entre LASIK, PRK e SMILE?
Técnica Procedimento Vantagens Considerações
LASIK Cria-se um flap corneano (com microceratótomo ou laser de femtossegundo), aplica-se laser excimer, reposiciona-se o flap - Recuperação visual rápida (24-48h)
- Menor desconforto pós-operatório
- Menor risco de opacidade corneana
- Risco de complicações relacionadas ao flap
- Maior risco de olho seco no pós-operatório
- Não indicado para córneas finas
PRK Remove-se o epitélio corneano e aplica-se laser excimer diretamente na superfície; não há criação de flap - Indicada para córneas mais finas
- Sem complicações relacionadas ao flap
- Maior estabilidade biomecânica da córnea
- Recuperação visual mais lenta (1-2 semanas)
- Mais desconforto nos primeiros dias
- Maior risco de opacidade (haze)
SMILE Laser de femtossegundo cria um lentículo intraestromal que é removido por uma microincisão (2-4mm), sem criar flap - Microincisão menor (menos nervos corneanos cortados)
- Menor risco de olho seco
- Maior preservação biomecânica
- Tecnologia mais recente e menos difundida
- Não permite tratamentos personalizados de frente de onda
- Limitações para correção de hipermetropia e astigmatismo alto

A escolha entre estas técnicas deve ser individualizada, considerando a anatomia ocular, o erro refrativo, o estilo de vida do paciente e possíveis contraindicações específicas. Todas as técnicas têm excelentes resultados quando os pacientes são adequadamente selecionados.

A cirurgia refrativa tem riscos? Como qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia refrativa apresenta alguns riscos, embora as complicações graves sejam raras. Os principais riscos incluem:
  • Complicações relacionadas ao flap (específicas do LASIK):
    • Deslocamento do flap (mais comum nas primeiras 24-48h)
    • Crescimento epitelial sob o flap
    • Estrias no flap
    • Flap irregular ou incompleto
  • Complicações visuais:
    • Hipocorreção ou hipercorreção
    • Regressão do efeito (retorno parcial do grau)
    • Aberrações ópticas de alta ordem (halos, glare, visão dupla, especialmente à noite)
    • Olho seco (geralmente temporário, mas pode ser prolongado)
    • Ectasia corneana (enfraquecimento progressivo e deformação da córnea)
  • Complicações menos comuns:
    • Infecção (extremamente rara)
    • Inflamação persistente
    • Opacidade corneana (haze, mais comum após PRK)
    • Deslumbramento e sensibilidade à luz

A maioria das complicações é tratável e temporária. A incidência de complicações graves que levam à perda permanente de visão é extremamente baixa (menos de 0,1%). Os riscos são significativamente reduzidos com:

  • Seleção adequada dos pacientes
  • Avaliação pré-operatória completa
  • Tecnologia avançada e atualizada
  • Cirurgiões experientes
  • Seguimento rigoroso no pós-operatório
A cirurgia refrativa é permanente? A cirurgia refrativa promove uma correção duradoura dos erros refrativos, mas não impede mudanças naturais que podem ocorrer nos olhos ao longo do tempo. Alguns pontos importantes:
  • Estabilidade a longo prazo: Para a maioria dos pacientes, os resultados são estáveis por muitos anos ou décadas. Estudos de acompanhamento de 10 anos ou mais mostram excelente manutenção da correção em pacientes adequadamente selecionados.
  • Possíveis alterações:
    • Pequenas regressões podem ocorrer, especialmente em casos de alta miopia
    • Alterações naturais da visão com a idade continuam a ocorrer (como presbiopia após os 40 anos)
    • Desenvolvimento de catarata com a idade pode alterar a refração
    • Condições como diabetes ou gravidez podem causar flutuações temporárias
  • Procedimentos de retoque (enhancement): Cerca de 5-10% dos pacientes podem necessitar de um retoque cirúrgico nos primeiros anos para otimizar os resultados, especialmente em casos de alta miopia ou hipermetropia.

É importante entender que a cirurgia refrativa corrige o erro refrativo presente no momento da cirurgia, mas não impede o desenvolvimento de presbiopia (vista cansada) que ocorre naturalmente após os 40 anos, nem impede completamente alterações refrativas futuras decorrentes de mudanças fisiológicas do olho.

É possível corrigir presbiopia com cirurgia refrativa? Sim, existem várias abordagens cirúrgicas para a correção da presbiopia (dificuldade para enxergar de perto após os 40 anos):
  1. Monovisão a laser:
    • Corrige-se um olho para visão de longe e o outro para perto
    • Pode ser realizada com LASIK, PRK ou SMILE
    • Ideal para pacientes que já testaram e adaptaram-se à monovisão com lentes de contato
    • Limitação: comprometimento parcial da visão binocular e de profundidade
  2. PresbyLASIK:
    • Ablação multifocal da córnea, criando zonas com diferentes poderes refrativos
    • Permite visão de longe e perto no mesmo olho
    • Menos previsível que técnicas tradicionais
  3. Implantes corneanos:
    • Pequenos dispositivos inseridos na córnea para modificar sua curvatura ou criar multifocalidade
    • Opções incluem KAMRA, Raindrop (descontinuado), Presbia
    • Potencialmente reversível
  4. Cirurgia de cristalino transparente com LIO multifocal:
    • Remoção do cristalino (mesmo sem catarata) e implante de lente intraocular multifocal
    • Pode corrigir simultaneamente presbiopia e outros erros refrativos
    • Maior risco por ser cirurgia intraocular, mas resultados excelentes
    • Especialmente indicada para pacientes acima de 50 anos
  5. Implantes de lentes fácicas multifocais:
    • Preserva o cristalino natural, implantando uma lente adicional
    • Menos comum, mas em desenvolvimento

A escolha da técnica mais adequada depende de diversos fatores, incluindo idade do paciente, presença de outros erros refrativos, expectativas visuais e estilo de vida. Todas as técnicas envolvem certo grau de compromisso, pois nenhuma consegue replicar perfeitamente a acomodação natural do olho jovem.

Agende sua consulta hoje mesmo

WhatsApp da Clínica

Como classificamos seu contato

1

Já sou paciente

Nossos bots e recepcionistas identificarão você como paciente atual e terão acesso às suas informações no sistema. Isso permite um atendimento mais ágil, acesso ao seu histórico e continuidade do tratamento.

  • Prioridade no agendamento
  • Acesso direto ao seu profissional
  • Consulta ao histórico de atendimentos
2

Não sou paciente

Ao informar que é um novo paciente, nosso sistema direcionará você para o processo de primeira consulta. Coletaremos informações básicas para preparar seu cadastro e melhor atendê-lo.

  • Orientação sobre documentos necessários
  • Pré-cadastro facilitado
  • Escolha do profissional mais adequado
3

Outros Assuntos

Se sua comunicação não se enquadra nas opções anteriores, nossos atendentes identificarão a natureza do seu contato e direcionarão para o departamento apropriado da forma mais eficiente.

  • Informações gerais sobre Serviços
  • Comercial
  • Centro Diagnóstico
  • Centro Cirúrgico
  • Dúvidas Administrativas e Financeiras
  • Sugestões e Reclamações